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LIVROS & AUTORES QUE A MOÇAMBIQUE DIZEM RESPEITO
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CENTRO DE FORMAÇÃO FOTOGRÁFICA DE MOÇAMBIQUE
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LUMINOSA E METROPOLITANA MAPUTO NÃO É SÓ CIDADE CAPITAL
Feérica de luz e cor, metropolitana
na sua dimensão urbana e demográfica, Maputo não é apenas a cidade-capital do país. Situado no cone Sul
de Moçambique, Maputo dá também o nome a uma província de razoáveis recursos agrícolas, minerais e hidráulicos,
de privilegiadas zonas turísticas de montanha, de mar e de reservas de caça. Cidade maior do país e,
em contraste, situada na província mais pequena, a capital de Moçambique é também ponto terminal da linha
de caminhos-de-ferro que liga o grande porto de Maputo ao Transvaal, na África do Sul, zona agrícola
e mineira mais rica daquele país vizinho e que tem aqui o cais de exportação e importação mais próximo
e bem apetrechado para seus imensos recursos. Sede do governo e da Assembleia Nacional da República
de Moçambique, a cidade de Maputo apenas precisa de bons gestores e administradores urbanos para se transformar
no melhor, mais belo e mais interessante centro urbano da África Austral. Plantada à beira-mar,
na baía do mesmo nome, Maputo eleva-se em promontório cortada a régua e esquadro por amplas avenidas
arborizadas. A baía está delimitada por dois rios de múltiplo aproveitamento - o Incomáti e o rio Maputo
- e pela ilha de Inhaca, considerada património biológico da humanidade, não apenas pelos seus corais
multicolores, mas também por uma espécie piscícola única no mundo. Esta concha de água onde Maputo mergulha
as suas raízes urbanas tem ainda mais duas ilhas menores - a Xefina Grande e a Xefina Pequena - que também
podem ser aproveitadas turisticamente com imenso sucesso. Se a capital é caracterizada como cidade
de muita emigração das províncias de Gaza e Inhambane e também de todo o país após a proclamação da independência
nacional, a província do Maputo é habitada quase na sua totalidade pelos Rongas, etnia cuja cultura material
e espiritual é muito rica e sugestiva, tendo até já sido estudada nos finais do século passado e princípios
deste por conceituados etnólogos. Miscigenados com outras etnias e populações vindas de outros continentes
no seu núcleo urbano, os rongas já mesmo no período colonial tinham criado meios de comunicação com páginas
escritas na sua própria língua, o xironga, e expandido a sua arte plástica, hoje conhecida internacionalmente.
O cosmopolitismo da cidade, a expansão urbana e industrial atraem cada vez mais investimentos e população
rural, mas esta última bem podia manter-se no campo, pois o território provincial, que se, estende por
70 a 120 quilómetros à volta da capital, é propício a uma agricultura, silvicultura e pastorícía de rendimento,
havendo também riquezas no seu solo e subsolo como é o caso das pirites, dos diatomitos, das areias siliciosas,
da bentonite, das argilas refractárias e, sobretudo, do calcário. Maputo-capital e Maputo-província
são pólos dinâmicos de comércio, de indústria, de prestação de serviços, sendo ainda o principal pólo
intelectual do país. É o coração de Moçambique a palpitar.
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Um dia um poeta disse que a capital de Moçambique era "cidade garrida/poema de cor/que anda vestida/
de acácias em flor". Da Baixa ao promontório da Polana, a parte urbanizada da cidade é, efectivamente,
um poema de simetria e cores, de ruas e avenidas arborizadas, prédios rompendo em altura. Colorida
pelo vermelho das acácias ou pelo lilás dos jacarandás, a cidade singulariza-se na sua beleza. É preciso
saber conservá-la.
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Moderna, traçada a régua e esquadro, a cidade de Maputo abre-se em ruas largas e rectilíneas, alarga-se
em praças de bom recorte e beleza. A Praça dos Trabalhadores, que dá acesso ao cais de Maputo e à estação
dos Caminhos-de-Ferro - edifício ao estilo majestático dos princípios deste século - gira à volta da
estátua erguida em homenagem aos moçambicanos e portugueses mortos em defesa do território nacional contra
a invasão alemã durante a Grande Guerra, primeiro conflito mundial deste século. Cosmopolita e já
secular, Maputo pode, perfeitamente, ultrapassara grave situação de degradação urbana que se verifica
neste momento no seu sector imobiliário, guindando-se a uma posição ímpar nesta zona da África Austral.
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Entrada principal para o jardim botânico, outrora conhecido como Jardim Vasco da Gama e agora denominado
Tunduru. O arco de entrada é ao estilo neomanuelino, respeitando as evocações históricas do seu primeiro
nome. Um pequeno monumento arquitectónico a conservar.
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