A ARTE RUPESTRE - OS AMURALHADOS em MOÇAMBIQUE
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A pintura rupestre na África do Sul e em Moçambique
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Fotos do livro de LEO FROBENIUS, Histoire de la Civilisalion Africaine
Imagens de pinturas
rupestres existentes em Inyanga (Fig. 3) e na Caverna Mitoko (Fig. 4), na Rodésia, representando
animais e homens em cenas de caça.
As pinturas rupestres são, em geral, nas regiões africanas,
onde as suas descobertas se assinalam, em muito maior número que as gravuras. Pintores e gravadores,
sob a inspiração da arte, serviram-se inicialmente de utensílios que não eram mais do que simples seixos,
pois viviam na Idade Paleolítica. As suas produções dão matéria a extraordinárias investigações científicas,
que exigem demorados estudos. Em geral, as animalísticas são, no concernente a Moçambique, pinturas
polícromas, com ou sem a presença de figuras humanas. Da distinção resultam dois estilos comuns, na Europa
e em África. A arte rupestre em Moçambique processa-se nas zonas cujas condições geológicas a tornam
mais favorável. Como é óbvio, as rochas de dolarite ou gravíticas prestam-se melhor como telas para as
gravuras e pinturas que os terrenos pouco acidentados ou arenosos. As cavernas e os abrigos naturais
são os lugares mais próprios e preferentemente escolhidos. A existência de elementos da Pré-História
foi assinalada pelos portugueses em 1721. É a Academia Real de História Portuguesa que recebe a informação
do Prelado de Moçambique do conhecimento que tem de desenhos de animais e de algumas legendas em rochas
situadas não longe das ruínas de Zimbáuè. Em 1905, Portugal Durão refere-se às inscrições encontradas
no alto da Serra do Chifumbazi. Gago Coutinho descreve essas pinturas, cujas fotografias apresenta publicamente
numa conferência realizada na Sociedade de Geografia de Lisboa. Cientistas de renome, como Mendes
Corrêa, Cari Wiese, Dart, Owen, Letcher, etc., descrevem e estudam pinturas e gravuras rupestres, afirmando
haver analogias entre estas e as que foram descobertas na Gruta de Gargas, nos Pirenéus franceses, e
próximo ao Rio Munua na antiga Rodésia do Norte, na fronteira do Congo ex-belga. Do exame dos documentos
fotográficos, que conseguiram obter, depreende-se que as referidas pinturas mostram sinais esquemáticos
ou estilizados, dominantemente pectiformes de cor vermelha, desde o claro ao escuro e alaranjado, com
círculos brancos. Também revelam numerosos rectângulos, uma elipse, traços verticais paralelos, embora
distribuídos desigualmente, com aquelas mesmas cores, etc. Não há nestas pelos menos aparentemente, representação
de animais.
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