Lourenço Marques, Capital da Província

O Boletim Oficial n.º 26, de 1 de Julho de 1907 inseriu, em suplemento, o relatório e decreto de 23 de Maio do mesmo ano, que deu à Província de Mo­çambique uma nova reorganização administrativa. O seu relatório reeditou com relevo e encómios os prudentes conselhos do relatório de Rebelo da Silva que antecedeu o decreto de 1 de Dezembro de 1869 e que se podem resumir nas seguin­tes palavras: «... acostumar as possessões ultramarinas a contarem para a reso­lução dos seu problemas com os recursos próprios da sua inteligência e cabedais». E mais adiante: «... A Metrópole emancipa-as de toda a tutela e reconhece-lhes a maioridade e a capacidade. Se não souberem aproveitar-se da concessão imputem a si a culpa».

É larga e abundante de números a análise feita à administração da Província, suas finanças e economia e aos projectos elaborados para o seu futuro. Abordo o problema da transferência da sua capital para Lourenço Marques dizendo que já o era, embora nenhum documento oficial o confirmasse. São muitas as razões que justificam tal medida e assim o artigo 1.° do decreto estabelece que a capital da Província é Lourenço Marques. Passa, a Província, a ser dividida em cinco dis­tritos: Lourenço Marques, Inhambane, Quelimane, Tete e Moçambique. Era então o seu Governador-Geral o major de engenharia Alfredo Augusto Freire de An­drade que a governou desde 26 de Outubro de 1906 a 10 de Novembro de 1910.

 

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