l. EIS, PEMBA!
A turística cidade de Pemba, ao noroeste da costa de Moçambique,
encontra-se implantada na península meridional de uma das mais belas baías do
mundo - PEMBA - e estende-se ao longo de uma colina que se eleva gradualmente
até ao chamado "Planalto dos Cajueiros".
Maravilhosas praias a orlam roubando-lhe grande parte da costa que, ora
deixa penetrar francamente as águas do mar sobre uma areia branca e fina ora as
faz estancar em rochas, já bem batidas, mas de uma magnífica beleza natural.
Da Maringanha ao Paquitequete se pode experimentar o cheiro a maresia
quando os ventos carregados de iodo vêm do mar ou deliciar o perfume aromático
arrancado às resinas e essências dos maciços florestais quando eles do interior
sopram em direcção ao litoral.
Outrora com densa vegetação e floresta cerrada onde só animais
selvagens viviam, a cidade de Pemba é hoje habitada por cerca de 80.000 pessoas
e visitada anualmente por mais de um milhar de turistas.
É delimitada a Norte pela ponta Mepira e a Sul pela ponta Maunhane,
ocupando uma área de 142 km2.
O embrião que veio dar origem à actual cidade de Pemba, data de 1857,
como parcela da “Colónia 8 de Dezembro", fundada por Jerónimo Romero e
dissolvida cinco anos depois por diversos problemas de organização e adaptação
dos colonos.
A princípios da década de 1890 um indivíduo de origem malgache funda a
noroeste do actual bairro de Paquitequete um povoado conhecido pelo nome de
“Muenha Amade”.
A Companhia do Niassa instala, por sua vez em 1897 nas proximidades
dessa povoação um posto militar para no ano seguinte criar o Concelho de Pemba
com sede na povoação de “Pampira”, nome por que também era conhecida a região.
Por portaria do Ministério da Marinha e Ultramar de 22 de Novembro de
1899 e proposta do Conselho da Administração da Companhia do Niassa, Pemba ou
Pampira passa a denominar-se "Porto Amélia" em homenagem à última
rainha de Portugal D. Amélia de Bragança.
Dada a sua importância como porto exportador e às facilidades no trato
do comércio do sertão a Companhia do Niassa transfere em 1902 de Ibo para Porto
Amélia a sede da sua administração.
Extinguindo em 1929 a companhia majestática, a administração
colonial portuguesa manda rectificar a planta de Porto Amélia com vista a
organizar ali uma nova povoação, decidindo no entanto manter-lhe o nome.
Em 1932 passa ter a povoação de Porto Amélia uma Câmara Municipal,
cujo foral lhe foi concedido 11 anos depois.
Porto Amélia ascende a vila por portaria de 19 de Dezembro de 1934 e é
elevada à categoria de cidade em 1958 pelo Decreto-lei de 18 de Outubro do
Governo Geral da Província.
A escassos meses da independência de Moçambique a cidade de Porto
Amélia volta a denominar-se Pemba, por ordem do Presidente Samora Machel.