ADRIANO MAIA
Adriano de Sousa Azevedo Maia figura, pela primeira vez, na Direcção da Câmara de Comércio em 1913, como seu secretário. Impôs-se desde logo a sua dinâmica acção e a sua forte personalidade e, assim, vemo-lo como vice-presidente na Direcção do ano imediato e a presidir e orientar os destinos desta colectividade ininterruptamente, por largos anos, a partir de 1922.
Foi um verdadeiro leader incontestado e respeitado, que pôs ao serviço das actividades económicas e da administração pública a sua superior inteligência e o seu grande patriotismo, trabalhando incansavelmente pelo prestígio e engrandecimento desta Província.
Nasceu no Porto em 22 de Maio de 1878 e foi baptizado na igreja de Miragaia. Foram seus pais António de Azevedo Maia, médico-cirurgião e professor catedrático de clínica médica na escola médico-cirúrgica daquela cidade, e D. Norberta Cândida Pereira de Sousa Azevedo Maia.
Concluído o curso do liceu frequentou a Academia Politécnica do Porto durante dois anos, seguindo em 1897 para Lisboa onde fez os preparatórios para medicina. Deixou de estudar e em 1898 partiu para a sua grande aventura de África, seduzido, sem dúvida, pêlos acontecimentos relacionados com Moçambique que tanto agitaram o País desde a sua juventude.
De
facto, quando chegou a Lourenço Marques, que um ano antes tinha sido elevada a capital da Província,
ainda se encontrou com homens que participaram como combatentes na expedição de
Macequece, nas campanhas de Gaza, dos namarrais e do Báruè. Era em África que
Portugal se batia; era em Moçambique que se decidia
verdadeiramente o seu futuro como potência ultramarina ; se tinha necessitado
de soldados, era agora de colonos que mais precisava.
Na sua memória estavam ainda frescos os ecos de ultraje do ultimatum que feriu a Nação profundamente no seu orgulho e na sua dignidade fazendo-a vibrar de patriotismo. Ouvira falar sobre essas horas de suprema amargura para a grei lusitana a homens como Oliveira Martins e Antero de Quental, amigos da família e frequentadores da casa de seus pais.
Estes acontecimentos tiveram, sem dúvida, grande influência na formação do seu carácter altivo e nobre pois que em todos os seus actos públicos, quer no Conselho de Administração do Porto, quer no Conselho Legislativo, na Câmara do Comércio ou nos Congressos internacionais em que tomou parte há sempre uma nota do mais puro patriotismo quando se trata de defender os interesses vitais destes territórios. É, pois, natural que tivesse ouvido com entusiasmo o chamamento de Moçambique.
Quando aqui chegou ainda um povo heróico se batia, às nossas portas, não só pela sua independência como Nação mas pela sua própria sobrevivência. Foi testemunha do arriar das bandeiras das Repúblicas de Orange e do Transvaal, dos mastros dos seus consulados ern Lourenço Marques e da recolha dos seus escudos, como epílogo duma grande tragédia.
Entrou para a Alfândega como aspirante e a seguir serviu na Brigada de Estudos do porto de Lourenço Marques. Dois anos depois estava na Curadoria de Indígenas Portugueses, em Johannesburg, de onde transitou para Pretória, como Curador, até 1910. Tinha casado com D. Francês Boam, natural de Londres, em 1904.
Fixou residência, em 1910, em Lourenço Marques, e dedicou-se ao comércio. Estabeleceu-se, fundando a casa que ainda hoje conserva o seu nome â testa da qual, como director e seu sócio principal, está o seu único filho, o Dr. Mário Maia.
A sua conduta, o seu fino trato e prestígio pessoal deram-lhe imediatamente um lugar de destaque na comunidade cosmopolita desse tempo e, assim, vemo-lo por alguns anos a exercer com a maior distinção o cargo honorário de Cônsul da Bélgica.
Ao findar da primeira grande guerra mundial, em que nos
batemos em França, em Angola e em Moçambique,
a Nação viu-se a braços com uma profunda
crise política, económica e financeira. A instabilidade política e
o mau estado das nossas finanças causa o pânico entre os capitalistas
metropolitanos e dá origem à grande fuga de capitais para o estrangeiro, fazendo
recordar o êxodo da corte de D. João VI para o Brasil que levou consigo tudo
quanto pode levar, pondo fora de perigo não só as suas pessoas mas os seus
próprios haveres.
A crise económica fez-se sentir com violência em Moçambique. Vinha de longe. Mas, depois de 95 entrou-se num longo período de paz e de recuperação e assim é que, com o crescente movimento do nosso porto, do tráfego ferroviário para o Transvaal, das actividades económicas e aumento da sua população, Moçambique veio o conhecer a prosperidade. Em 1921 mantinha-se ainda o câmbio da libra-ouro na sua paridade. As notas de libra do banco emissor eram convertidas em ouro e compravam-se com ágio para efeitos de especulação e com o manifesto fim de drenar o ouro que constituía a sua reserva.
Esta prática forçou o Governo da Província a declarar a sua inconvertibilidade. Alguns anos depois vimos a própria África do Sul abandonar o seu padrão ouro o que nos trouxe um prejuízo enorme, pois que uma grande parte das nossas disponibilidades cambiais eram representadas por depósitos nos bancos da União; esta medida traduziu-se numa desvalorização imediata de 50 por cento no valor do seu papel moeda.
Desde 26 de Março desse ano de 1921 governava Moçambique o Alto Comissário da República Brito Camacho. É deste tempo que data o período de intensa actividade de Adriano Maia como homem público, quer no Conselho de Administração do Porto e Caminho de Ferro de Lourenço Marques, a pugnar pêlos interesses do nosso porto, sujeito a uma concorrência mesquinha de tarifas ferroviárias da União que lhe roubava uma grande parte do tráfego, que lhe era devido, da zona de competência do Transvaal, quer como membro do Conselho Legislativo.
A denúncia da Convenção de 1909 afectou as relações com os nossos vizinhos tendo dado origem a gravíssimas perturbações pois que ficámos sujeitos a uma desmoralizadora campanha de descrédito, a que não ficaram alheios determinados sectores da comunidade estrangeira local, que precedeu as negociações que vieram a realizar-se no Cabo.
A crise cambial da Província deu origem a manifestações de vária ordem ; a comícios na Praça 7 de Março e no teatro Varietá ; como resultado destas manifestações vimos o comércio encerrar as suas portas e uma grande multidão de comerciantes, empregados e operários, que se havia reunido na Praça 7 de Março subir a Avenida Aguiar a caminho da Ponta Vermelha.
O coronel Cabrita pretende chamar a cavalaria para proteger o palácio e reforçar a sua guarda. Brito Camacho dispensou a cavalaria e a própria guarda do palácio, mandando escancarar os largos portões de ferro do jardim e abrir as portas do edifício do Conselho Legislativo que comportou apenas uma pequena parte dessa multidão que, na sua grande parte, era totalmente alheia aos grandes problemas que se debatiam e que os meneurs da política local exploravam escandalosamente. O ágio da libra inglesa estava a 17%. Subiu ainda e as transferências para a Metrópole tornavam-se cada vez mais difíceis a prémios incomportáveis.
Na manhã de 17 de Fevereiro desse irrequieto ano de 1922, circulou um manifesto a convocar o comércio e a população para o teatro Varietá com o fim de se organizar um protesto colectivo que fizesse ver ao Alto Comissário o desagrado de todos por aquilo que eles chamavam a sua inacção perante a solução do problema cambial, e impor-lhe a nomeação de uma comissão de determinados indivíduos, indicando-se prazo para a execução de medidas que pusessem termo à chamada questão bancária e à crise monetária.
Os comerciantes mais responsáveis ficaram alheios a esta manifestação. Outros fecharam as portas e foram para o comício que redundou num ridículo fracasso.
Adriano Maia condenou este movimento e manifestou o seu desagrado dizendo que assuntos desta natureza e gravidade deviam de ser tratados com civismo e patriotismo. E tinha razão para a sua atitude pois que, como ninguém, sabia que estas questões deviam tratar-se com mais correcção, sem escândalo pois que a situação era explorada pelos jornais da União que exageravam todos estes acontecimentos, a ponto de se chegar a propalar que a propriedade dos súbditos britânicos estava ameaçada em Lourenço Marques pelo que as companhias de seguros de Joanesburgo se ofereciam para segurar os seus haveres contra assaltos e roubos.
Estes acontecimentos tinham repercussão em Londres e Austrália com gravíssimos resultados. A certa altura foram suspensos os saques sobre Moçambique pelo que a nossa importação de mercadorias só foi possível mediante a abertura prévia de créditos bancários.
Os próprios bancos estrangeiros locais deixaram de emitir saques sobre a União o que impossibilitou a Delegação da Alfândega da União de receber os direitos aqui em Lourenço Marques, visto que tinha de remeter diariamente as suas receitas para Pretória.
Esta situação encontrou remédio imediato com a intervenção do banco emissor que forneceu as transferências necessárias.
Mas, o grande trunfo de que se fazia alarde, usado para atemorizar-nos e preparar-nos para uma convenção que tinha por objectivo máximo a imposição do condomínio estrangeiro na administração do nosso porto e caminho de ferro de Lourenço Marques, era a resolução da construção duma linha da União para a Suazilândia, que mais tarde serviria para ligar este protectorado com Kosi-Bay e também com a linha de Salaki. O grande golpe consistiria na construção de um porto que admitisse navios de grande calado na tranquila enseada de Kosi-Bay.
Em Janeiro deste ano (1922) o Alto Comissário tinha reunido na sala do Conselho Legislativo alguns indivíduos que representavam as várias correntes de opinião sobre os grandes problemas que assoberbavam a Província. Discutiu-se a questão bancária e o problema monetário.
Nessa sessão A. Maia apresentou uma solução que, aparentemente, foi aceita por todos o que levou o Alto Comissário a nomear uma comissão de três membros de que ele fez parte para estudar o assunto nessas bases. Maia fez o relatório que foi assinado pêlos outros dois.
A entrega desse relatório, cujo conteúdo era conhecido nas altas esferas, fez imediatamente baixar o prémio do esterlino, no mercado livre, de 15% para 4 ½ %.
Maia veio a ter o dissabor de ver este relatório
repudiado por aqueles que, consigo o assinaram, no Conselho Legislativo,
alegando um que não tinha satisfações a dar sobre a sua mudança de ideias e o
outro que o assinara sem ler. Daqui resultou uma curta e acerba polémica na
imprensa.
Tinham nascido dois partidos que foram logo designados por “libristas” e “escudistas”. Esta designação estava longe de ser apropriada mas servia bem para designar as duas correntes.
Como chefe do primeiro, revelou-se desde logo Adriano Maia que advogava, como medida imediata, a criação de uma Caixa de Conversão, para aquisição de toda a moeda estrangeira, para evitar a desenfreada especulação cambial pela sujeição a uma disciplina rigorosa não só os cambistas asiáticos como as próprias casas bancárias, e outras medidas tendentes a restabelecer um regime de convertibilidade monetária sem peias nem restrições de transferências. O seu impenitente optimismo, entusiasmo e té nas possibilidades económicas da Província não lhe indicava outra solução. Entre os seus adeptos figuravam as maiores organizações mercantis da nossa praça.
Os «escudistas» não tinham verdadeiramente o que se chama um leader. Eram vários indivíduos que figuravam entre os mais ilustres e respeitáveis membros da comunidade, que advogavam o regime de uma só moeda — o escudo ; a eliminação da circulação das notas de libra do banco emissor ; a proibição da importação e exportação de notas e moedas estrangeiras; a cobrança em ouro dos direitos de exportação e outras imposições aduaneiras e todas as receitas relacionadas com a imigração, direitos de cais e fretes do trânsito ferroviário internacional e ainda de determinados impostos.
O contacto de A. Maia com o Alto Comissário era constante, não só como membro do Conselho Legislativo como também como presidente da Câmara de Comércio. E as relações estabelecidas foram verdadeiramente amistosas a ponto de A. Maia discutir particularmente com o Alto Comissário o projecto em que trabalhou durante largos meses para a solução do problema monetário no qual, de comum, acordo, foram introduzidas algumas alterações.
Entretanto, o projecto ficou parado muito tempo por o Alto Comissário não se decidir a que fosse levado ao Conselho Legislativo. Esta apatia do Alto Comissário era aparente. Tinha razão de ser a sua atitude porque havia iniciado uma série de conferências no Palácio do Governo, a que presidia, entre os representantes dos dois partidos. De um lado os “escudistas” e do outro os “libristas”. Eram sessões intermináveis e enfadonhas que o Alto Comissário pacientemente suportava (era de facto um homem paciente e tolerante, a ponto de consentir que lhe fossem apresentados relatórios em inglês sobre a questão bancária e o problema cambial).
Aberta a sessão o maioral dos “escudistas” solenemente lia o seu relatório; seguia-se a leitura do relatório do lado oposto. Não havia ar condicionado ; fazia calor e a humidade era insuportável e o Alto Comissário dificilmente resistia ao sono. Uma vez por outra interrompia a solenidade das discussões para interpor um reparo ou uma pergunta sarcástica e cruel:
— Ó sr. Fulano ...
No dia seguinte os seus ditos circulavam na cidade, mais ou menos exagerados.
Um dos alvejados por estas graças de Sua Excelência saiu uma vez, da reunião, a praguejar e ainda hoje, passados tantos anos, lhe chama os nomes mais feios do nosso vocabulário, e cremos que sem razão.
Finalmente em Julho de 1922 Adriano Maia apresentou o
seu projecto à última sessão
daquele mês do Conselho Legislativo. Na sua discussão fez-se uma lamentável confusão da questão bancária com a questão
monetária.
O Procurador da República requere que seja consultado o Conselho sobre a discussão das duas questões: deveriam ser discutidas em conjunto ou em separado? A votação resultou num empate e o Presidente não desempatou. A próxima sessão viria a ser uma das mais violentas, na memória dos homens desse tempo.
O projecto de Adriano Maia não foi admitido à discussão ; na votação foi rejeitado por dois votos — justamente os dois votos dos signatários do seu relatório de Janeiro, apresentado ao Alto Comissário. Em seguida o Comandante José Torres apresentou o seu projecto que foi aprovado na generalidade. Deste projecto saiu a célebre portaria n.º 233, de 26 de Agosto de 1922.
Há aqui um pormenor que não devemos deixar de mencionar, porque representa um traço vigoroso do carácter enérgico, firme e altivo de Adriano Maia, que em questões pessoais não era homem para transigir com situações equivocas, nem insinuações. Delicado no trato, falava com franqueza, desassombro, vigor e sem rodeios. As suas intervenções no Conselho Legislativo tinham sempre um manifesto cunho de sinceridade. Durante a discussão do seu projecto determinado vogal do Conselho fez insinuações que trouxeram reacção imediata por parte de Adriano Maia, que o obrigou a retirar a insinuação e a pedir desculpa.
A portaria n.º 233 era, no dizer do Alto Comissário, uma panaceia. De facto, no seu preâmbulo compara-a às mezinhas e remédios de botica que, se não curavam também não faziam mal e tinham a grande virtude de animar e dar esperanças aos enfermos. Definia o regimen monetário, dando-lhe por unidade o escudo ; determinava a recolha das notas de libras portuguesas dentro de poucos anos ; proibia a importação de moeda estrangeira de prata, de papel moeda estrangeiro e sua exportação enquanto a entidade exportadora não mostrasse ter cumprido o disposto no artigo 18.º mandava cobrar em ouro os direitos sobre a exportação e outras imposições fiscais e impostos, os exportadores ficaram sujeitos à entrega em cambiais, aos Conselho de Finanças (mais tarde chamado Conselho de Câmbios) de 25 por cento do valor fiscal das suas exportações.
Criava, enfim, a disciplina necessária à economia da Província, que provou ser mais eficaz do que as boticadas indicadas pelo senhor doutor — o Alto Comissário da República.
A
reacção contra esta portaria deu lugar
ainda a muitas reuniões e a polémicas nos jornais. Os derrotistas segredavam
presságios tenebrosos misturando a questão monetária com a interrupção das
negociações de Junho para a Convenção. Os receios eram infundados ; não houve
agravamento de taxas ; o tráfico com a União pelo nosso porto continuou
subordinado às normas e encargos usuais.
Em 24 de Abril de 1923 chegou à Cidade do Cabo a missão portuguesa para levar a bom termo as negociações da Convenção. Era chefiada pelo General Freire de Andrade que tinha como adjuntos o Coronel Sá Correia, Tenente-Coronel Lopes Galvão e o Dr. Bianchi. O Alto Comissário de Moçambique foi juntar-se a esta missão. As negociações foram breves ; o Alto Comissário, Dr. Brito Camacho, interrompeu-as logo que o General Smuts formulou a proposta que já havia sido apresentada anteriormente para o controle do nosso porto e Caminho de Ferro até Nelspruit por uma comissão composta de dois delegados portugueses e três da União, um dos quais faria de presidente.
Não seria possível falar-se de Adriano Maia sem fazer referência, ainda que breve, a estes acontecimentos dada a parte activa que neles teve. Veio a falecer em Lisboa, em 12 de Dezembro de 1939, logo após uma intervenção cirúrgica de urgência. A Câmara de Comércio, em sessão de 12 de Janeiro do ano seguinte prestou homenagem à sua memória, tendo sido postos em relevo, por vários oradores os altos serviços que prestou ao comércio, à cidade de Lourenço Marques e à Província.
Não se pode pensar ou falar de Adriano Maia sem sentir palpitar à nossa volta a vida agitada de Moçambique do seu tempo, com os seus complexos problemas de administração e a luta febril e intensa de uma cidade na sua fase buliçosa de crescimento, que nascera para o futuro confiante e alegre e orgulhosa do seu progresso e da sua beleza. Mas há um facto curioso a notar que julgamos necessário referir para que melhor se, possa compreender a sua personalidade.
Não
se vê a sua pessoa imiscuída nos
comícios, então frequentes, promovidos por centros políticos, associações
diversas, que se realizavam para protestar contra actos públicos de
administração ou meramente políticos. Dir-se-ia que tinha horror à
popularidade. Não foi, de facto, um homem popular, as suas tradições monárquicas,
que manteve com um aprumo impecável e grande dignidade afastavam-no,
naturalmente de tais manifestações, mas nunca foram obstáculo às suas relações,
por vezes amistosas, com as figuras mais representativas do novo regime, assim
é que contava, entre os seus amigos, o Dr. Álvaro de Castro e manteve as melhores
relações com o Alto Comissário Dr. Brito
Camacho. Impunha-se ao respeito e consideração de quem o conhecia pela sua
urbanidade e afabilidade do seu trato. Não foi a política partidária que o
interessou ; a sua grande actividade foi inteiramente consagrada aos problemas
económicos de Moçambique, que de facto lhe ficou devendo grandes serviços.